Pense Nisso

‎"Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma
sociedade profundamente doente"
Jiddu Krishnamurti

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Corrupção

Um mal Nacional que vai do nosso microambiente ao macro, nada escapa a esse mal hábito o qual nós brasileiros já nos adaptamos com o passar dos anos. Tenho passado aos meus alunos o quão vil é a prática de certos comportamentos desviantes.

Precisamos por um fim nisso, só assim poderemos viver um pouco melhor, sem utopias não existe futuro, é só repetição.

Pense nisso!

Segue abaixo alguns sites onde você pode se informar e fazer a sua parte:

http://www.transparencia.org.br/index.html

http://contasabertas.uol.com.br/asp/

http://www.deunojornal.org.br/

http://www.consciencia.net/brasil/eleicoes/votoetico.html

http://www.deunojornal.org.br/

terça-feira, 23 de junho de 2009



Enquanto andava pelas ruas tirando algumas fotos me deparei com esta cena a qual fotografei ao lado, a desigualdade está em todo lugar e não podemos no esquecer dela, lutar contra ela, fazermos um mínimo para aminizarmos esta situação apesar de que contrastes sempre vão existir. Não se pode igualar os desiguais mais podemos ao menos tornar nosso espaço um lugar mais agradável de se viver.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Chão de giz

"Não vou me sujarFumando apenas um cigarro
Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom
Quanto ao pano dos confetes
Já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo é assunto popular..."

sábado, 13 de junho de 2009

Satisfação

Estes escritos abaixo são um apanhado dos meus melhores textos (na minha opinião) em 4 anos postados no meu antigo blog. Levarei esse até onde der ou enquanto tiver paciência e criatividade para ter novas ideias.

Escrever pra ninguém me traz grande satisfação, ao menos não serie culpado por nada.

Inferno de todos nós

Parece que existe em cada um de nós um inferno particular, o meu inferno é essa vida injusta em que vivemos, passando pela rua e vendo pessoas na chuva abandonadas pelo Estado e pelo bom senso.
Escolas que funcionam como fábricas de seres acéfalos, numa linha de produção de eterno senso comum, enquanto a juventude abastada cresce sem um parâmetro, sem princípios e sem lei, palavra esta que já perdeu seu significado.O meu inferno são as pessoas que dizem se importar, se dizem sensíveis, mas vivem em mundos de fantasia, cheio de falsidade e mentira. Infernal é se sentir cercado de gente assim falseada, pois os que realmente não se importam sabem-se La! Deus perdoa.
Não me sinto melhor que ninguém, na verdade me sinto pior, melhor seria se não sentisse, apenas vivesse, sem maiores objetivos, somente vivesse por ai desapercebido do mundo, insensível.
Meu inferno queima por dentro e traduz meus sentimentos, me faz detestar cada dia mais essas tramas odiosas do cotidiano, prefiro ficar calado.Olho para o lado e sinto que este inferno queima somente em mim, decepção.

Soneto da sinceridade

Prometo não esperar mais
o que você não pode me dar,
vou me contentar com o que vier sem mais reclamar,
vou seguir satisfeito com o que vem.Até quando?

Eu não sei se existe horizonte,
até aonde for o meu amor eu perambulo este caminho
complicado, cheio de interpretações e olhares desconexos.
Parece que vai ser só eu e Deus enfim, no fim.

Vou deixar o pensamento aos que tentam,
tentarei viver sem existir comigo mesmo
fingindo ser eu mesmo pra mim.

Enfim quando o fim vier
já estou preparado para a ventura final
verei enfim o fim e o que a sorte me reserva.

Aniversário

Ja fez aniversario a letargia da preguiça
Novos objetivos virão
E virão novos porques, sem estes agente não vive
E novos por quês virão, pois sem estes a vida não tem graça
Oras, passarinho canta sempre com chuva ou com sol
Por que eu não posso cantar só mais uma canção?

O Homem sem coração

La vai ele em sua rotina diária, ele não tem sentimento, é feito duro como mármore.. Dor, compaixão? sentimentos riscados de seu dicionário da vida..Olha o que é triste e passa impune, é incapaz de sentir dor, -ora pois pois !! ele não tem coração!! exclamaria um português de bochechas rosadas que vivia naquela vila.. a velha senhora que vivia numa casa colada a do homem exclamou, -ele é incapaz de amar!! -nunca deve ter sido amado.. solta entre os dentes sua neta magrela.. Mas ele passa impune, alheio aos olhares curioso de seus vizinhos, viver sua vida assim pra ele sempre foi mais fácil, uma vez comentou com um jovem, um dos poucos amigos que lhe restava "já pensou se sempre que eu acordasse e olhasse o noticiário eu ainda fosse me preocupar com tudo que esta acontecendo? ora rapaz se fosse assim não saia mais de casa!!"
Ele mantém sua afinada rotina de acordar bem cedo tomar seu café e ir para seu escritório, quando ainda moço resolveu viver uma vida solitária, o outro pra ele sempre foi um mister profundo, algo que não lhe despertava interesse, não se prendia a ninguém e quanto a filhos? ah! eu não cometeria esse crime! "-esse mundo por si só é louco demais, ninguém merece ser condenado a viver nele!" dizia ele bem humorado. Freqüentava o teatro, lia os clássicos, sua fineza arrancava suspiros das jovens que em seu bairro viviam. Ele não tinha um olhar derrotado, gostava de um bom samba, só escolheu viver sem sofrer, é isso mesmo, sem sofrer...Sua discrição despertava a curiosidade da pacata vizinhança, teorias e historias eram criadas para explicar aquele jeito de ser, chamado vadio, maluco, todos queriam saber o que havia além de suas cortinas, a curiosidade pulsava vívida nas pessoas, mas suas feridas só cabiam a ele mesmo, não havia como lançar um luz sobre esse pungente mistério. Vivia como em estufa, longe muito longe dos devaneios do coração, fechado no circo que sua vida se tornou.
Mas quem viu este homem uns anos atrás sabe que ele tem seus motivos, não é só pela política que ele tem ojeriza, um dia seu coração já falou mais alto, se apaixonou por uma menina de alta classe, mas um dia esse amor se tornou como um samba dos mais tristes, e nem dez mandamentos iriam conciliar, mas ainda guarda um carinho por ela mas era como se tivesse encaixotado em algum lugar do quarto, por mais que todos os suores o fizessem encharcar preferiu seguir sua jornada agindo assim, era preciso deixar esse mal, pois nessas tortuosas trilhas apenas seus livros o redimiam, preferiu então viver nessa solidão agreste. "já perdi a noção da hora, já joguei tudo fora e não soube como partir, agora rompo com o mundo mas sem ainda ter queimado meus navios!" brinca ele, parafraseando um de seus poetas favoritos.Com ar de filósofo cita aos que o rodeiam como em versos sem métrica sua forma de viver, o jovem escriturário que entrara a pouco o pergunta "-mas e nos fins de semana, ficas sozinho?" fixando nele o olhar responde, "-acordo cedo vou a padaria e tomo o meu café, depois procuro variar." no ar um clima melancólico, é ninguém disse que é fácil viver sem um coração, mas quando o amor cai doente e você tenta partir pra se desvencilhar não há nada a ser dito, apenas atitudes são tomadas, sonhava ele ainda em reencontrar sua menina, "talvez num tempo da delicadeza", onde ele não diria nada apenas a olharia. Mas isso era coisa passada, coisa de anos, que não tem volta. "-quem sabe um raio de luz não ilumina a vida dele? as paixões são como ondas vem e vão, o coração é como um ilha no meio disso tudo, esse céu nublado ainda um dia pode abrir e como eu disse um raio de luz ainda pode o iluminar!" comenta sozinho com o jovem um velho diretor que já estava para se aposentar, do alto de toda sua maturidade.Aquela situação incômoda no refeitório o deixou pensativo, nos meus tempos de criança ser feliz era uma lei, agora eu me auto condeno a solidão, ah mas quando criança tudo não passava de um grande faz de contas a vida é mais do que isso, será mesmo? sua cabeça dá um nó, enfim, nada que um bom café expresso não resolva, preciso me distrair, e esses pensamentos vão passar. Ao dar sua hora saiu caminhando pelo centro da cidade até sua livraria preferida, la havia um café delicioso e ainda veria alguns livros, peças que comprava compulsivamente, mas logo ao entrar defrontou-se com uma linda mulher que o chamou a atenção, hum estranho.. aquele frio na barriga o fez lembrar da adolescência, ela folheava uma revista destas de trivialidades, ele a observa de perto e vai tomar seu café.
Curioso ele fica imaginando qual seria o nome dela, o que ela estaria fazendo ali, quando para a sua frustração suas questões foram respondidas, pelo menos uma, um homem entra pela loja e a abraça, depois do beijo eles saem de mãos dadas, tudo sob os olhos penitentes do nosso homem, ele olhando aquele cena sentiu uma ponta de inveja, pois esse tipo de carinho já não lhe era mais familiar, pensa ele consigo mesmo de que não poderia mudar, já nem saberia ele por onde começar.Ao chegar em casa uma correspondência lhe chama a atenção, parece que um sobrinho distante esta para chegar em sua casa, tomado pela surpresa e pelo estranhamento pega o telefone vai tirar isso a limpo, a chegada é iminente, preferiu vir sem ligar pra não correr o risco de ser proibido de vir, “-como assim ele chega amanhã?” reclama incisivamente, ele gostava do jovem sobrinho, mas não esperava ter companhia tão cedo. Viu seu sossego voando pela janela a fora, mas logo um tom de aceitação soou em sua voz. Pelo menos poderei ensinar algumas coisas a esse menino e ele não vai passar pelo que eu passei, ele será no futuro um homem muito melhor do que eu, pensou ele fazendo mil planos em sua cabeça, preparou o quarto que usava para guardar seus livros a fim de receber bem o seu sobrinho, “- agora é só esperar ele chegar”.