Ao ler o diário do Drummond me deparei com essa nota:
Pag. 119(1947)
"Na tarde de chegada do Presidente Truman, o invevitável congestionamento de trânsito. Na fila do Castelo, esperamos, resignados, a chegada do ônibus 2, que não aparece nunca. Uma senhora impacienta-se, o que é sempre motivo de confraternização. Como, afinal, parece-se movimentar-se o ônibus, chegado a muito e atacado de paralisia, julguei oportuno reconfortá-la com a notícia de que iríamos ter condução dali a pouco.
Ela olhou com esperança para o carro e exclamou:
- Oxalá!
Palavra que não me lembro de ter ouvido nunca em minha vida e que supunha prisioneira dos livros."
Minha observação:
Hoje também a escutei e lembrei dessa passagens.. nosso vocabulário é tão extenso que diversas palavras acabam sumindo durante décadas e reaparecendo quase instantaneamente como se nunca tivessem ido a lugar nenhum..Um belo Balé.
Outro dia aqui no trabalho, soltei um mambembe que conheço por causa do teatro e da música do Chico. Achei engraçado que meu amigo disse nunca ter ouvido isso. Minha esposa me sacaneia quando falo quitanda. Ela disse que só meus avós portugueses e eu ainda usamos esta palavra de forma que não seja pra se referir a rua, a da Quitanda.
ResponderExcluirAbraços
Experimenta chamar uma menina de moça.. no mínimo vai receber um olhar de estranheza..
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